terça-feira, junho 8

Sim eu tenho preconceito!

Sim, eu tenho preconceito. Tenho uma lista de coisas que repugno: funk, mulher barraqueira, homens que mais parecem ratos, mediocridade, criança escandalosa e mal educada.

O preconceito é um olhar de julgamento. É um olhar de “não te aceito do jeito que você é, nem suas escolhas”. É também, uma forma de julgar-se melhor que os outros, dono(a) da verdade.

O preconceito hoje não é mais algo que só atinja negros, gordos e homossexuais, ele está em todas as classes sob todas as formas de julgamento do que é certo ou errado, bonito ou feio, social ou antissocial.

Criamos diversas regras para que possamos ser inseridos e aceitos socialmente e muitos que não se encaixaram em tais regras criaram seus próprios grupos, automaticamente este último desenvolveu um baita preconceito em relação ao outro e vice-versa.

Essa tem sido a tônica da sociedade atual, diversos grupos com características, conceitos e visões diferenciadas sobre como é ou tem que ser a vida. “Intelectuais” se acham os melhores, os “Artistas” se pensam mais, os “BR” (vulgo: baixa renda) de tão excluídos criaram a própria cultura, a “Elite” nem é preciso se falar, eles valem literalmente quanto têm, entre outros tantos.
Essa é a realidade da dualidade e também a função de uma sociedade. Quando olhamos nosso próprio reflexo no outro e não gostamos do que vemos: preconceito. Mas, todos os lugares, todas as escolhas e opções levam à um só caminho.

ESTAMOS artistas, ESTAMOS ricos, ESTAMOS Intelectuais, ESTAMOS br, mas de forma alguma SOMOS qualquer uma dessas facetas. SOMOS o conjunto dessas experiências, e SOMOS mais ainda, a sabedoria que tiramos de cada uma delas. Vivemos o teatro da vida comum espelhando diariamente no outro nossa sombra, que é exatamente tudo aquilo que jogamos para baixo do tapete, tudo que não queremos ver sobre nós mesmos.

Há um lado barraqueira em mim que eu repugno, existe uma funqueira enrustida com toda certeza por aqui, meu lado masculino deve ser tão frouxo quanto aqueles que descrimino, da mesma forma, corro atrás incessantemente de consciência para aclarar a mediocridade que habita em mim. E mais do que tudo, repugno todas as crianças que são elas mesmas, enquanto eu, não pude ser.


4 comentários:

Cintia Guimarães Veiga disse...

Caraca. Concordo com vc.
Meus pais eram super severos e meus filhos trago ali..na linha como diz minha avó.
As vezes me sinto uma mae exagerado por nao deixar meus filhos serem mais "porra loka" efim essa é a noção de carater que me passaram e tento passar para meus filhos...se um dias eles me odiarem por isso terao todo o direito.
bjs

Catarina Alves disse...

Poow, concordo. Odeio funk e musicas como a "biscicletinha, é ridículo os milhôes de outros sentidos e a falta de respeito ao ser humano, dei uma lida bem rápida por que tenho que ir. Beijo :*

Aline disse...

Acredita que outro dia eu tava no ônibus e um carinha sem noção estava com o rádio do celular ligado, no alto falante (claro), e fui 1h inteira ouvindo funk no busão! Tava quase passando mal e mandando o cara desligar a porcaria daquela música, se é que se pode chamar aquilo de música! Essas coisas me revoltam!

O psicolouco disse...

eu gosto de funk, mas gostei da sua forma de dar uma opinião!
seguindo

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